14 de fev. de 2016

Esse tal de Direitos Humanos




‘Direitos humanos - Tomamos como garantido mas não sabemos o que são’

Assisti a um documentário essa semana sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos e não fiquei surpresa em ver como as pessoas muito sinceramente admitiam que pouco ou nada sabiam sobre o que é ou quais são.
Acabei constatando a minha própria ignorância também.
Creio que esta seja a mesma situação de muitas outras pessoas.
A declaração dos direitos humanos foi escrita para que nós tivéssemos direitos garantidos à vida digna, em 1948 pela Organização das nações Unidas(ONU) e tomada como base por muitos países para criação de suas leis. E a gente nem saber do que se trata?
Tem alguma coisa muito errada aí.
Pense, se você não conhece seus direitos, não conhece os direitos dos outro também, certo? E por isso tudo não vai ter consciência plena de seus deveres também e principalmente não vai poder reclamar esses direitos também. Tornando você um mero seguidor de multidão, comendo o que te dão e vivendo como permitirem. 

Seria maravilhoso se todos soubessem que ao longo dos milhares de anos em que a terra é habitada, do homo sapiens ao que somos hoje, muitas guerras foram travadas e atrocidades cometidas até que se despertasse a necessidade de direitos que preservassem a vida digna, não somente para os senhores, mas também dos servos.
Seria exagero afirmar que nos dias de hoje, os países cujas leis são norteadas pelos direitos humanos sejam um modelo de justiça e igualdade. Falta muito pra isso ainda!
 Basta abrir o jornal, o facebook ou twitter para constatar isso.
Aqui no Brasil, sabemos e vemos vários desrespeitos a condição humana, toda hora.
Mas nenhum deles diminui a conquista de termos direitos universais.
Você precisa conhecê-los para exigir que eles sejam aplicados e respeitados.

A declaração universal dos direitos humanos não foi adotados por muitos países ainda em pleno século 21.
Agora reflita,  se os que adotaram e assumiram compromisso, o desrespeitam. Os que nem sequer o adotaram, agem como?
Vemos todos os dias às notícias de guerra, fome, sede, abusos de mulheres e crianças pelo mundo todo, inclusive aqui, embora em grau menor em relação aos países que não respeitam os direitos básicos de vida humana, mas igualmente inaceitáveis. Mas como você vai poder cobrar das autoridades públicas esses desrespeitos se você nem conhece quais são esses direitos?

Quantos ainda terão que sofrer nos países de religião muçulmana, na áfrica e oriente? Por viverem em países cujas leis não entendem como o básico, para todos, a vida digna?
Quantos ainda serão escravizados de todas as formas possíveis e inimagináveis em países demagogos que se declaram defensores dos direitos humanos, mas que fazem vistas grossas para o desrespeito dela?

A pergunta que brota nos anseios de todos nós é;
Se existe um papel, que não é um mero papel, mas um compromisso mundial, onde está escrito os direitos de todas os humanos e que várias leis e tratados tenham sido criados para que tivéssemos esses direitos garantidos. Por que há tantos que morrem de fome ainda? Pessoas que não sabem ler e que não tem trabalho nem saúde para uma condição de vida mais humana? 

Crianças são escravizadas por grandes empresas tidas como respeitáveis ainda hoje, a Nestlé, que usa mão de obra infantil forçada nas colheitas de cacau na áfrica, é só um pequenino exemplo. 
Por que compramos produtos de empresas que não respeitam os direitos básicos de crianças, adultos e idosos?
Por que tantos seres humanos ainda estão morando nas ruas em plena 2016 sem direito a alimentação e saúde por todo o Brasil, se essas pessoas tem direitos garantidos e provê-las é dever do estado?
Por que ainda há tantos países em guerra levando milhares de civis a morte todos os dias? E por quê o restante do mundo assiste a tudo pela TV, e se cala?

Por quê?

Se fizermos a seguinte pergunta nas ruas, ou mesmo entre colegas da escola, faculdade ou trabalho:

“O que falta para os direitos humanos se tornarem obrigatórios em todo o mundo?”

Alguns responderão;
Precisamos de mais quinhentos Gandhis, quinhentos Mandelas, e muito, muito mais Martin Luther Kings e até mais chefes de estado como Ciro o grande (precursor dos direitos humano em 530 a.C).
Pois é!
Nós, em nosso eterno desejo de conforto, elegemos outros para o papel de nossos heróis, nos poupando de maiores esforços, como sempre!

É inegável a importância desses homens para tudo o que se conquistou para a raça humana até hoje, claro!
Mas acredito que esteja realmente faltando para que os Direitos Humanos sejam estendido à todo o mundo sem exceção alguma, são mais pessoas comuns com seus ótimos exemplos. Pessoas como eu e você dispostos a doar um pouco de seu tempo para o próximo, que ainda não tenha sido alcançado pelos direitos humanos. 
Lamentavelmente os direitos humanos fazem distinção de raça, credo, opção sexual e classe social, basta observar no nosso dia a dia, quantos presos brancos você vai ver atrás das grades de uma delegacia num dia qualquer, ou quantas mulheres da classe trabalhadora negras e brancas você vai encontrar com ensino superior completado em tempo regular, e isso se estende aos homens, e ás crianças no ensino fundamental, que saibam ler e compreender o que estão lendo.
Esse abismo entre as classes nos fazem caminhar para trás.
Independente de qual seja a nossa opção de vida, devemos brigar pela ampliação dos direitos de todos. Quanto mais pessoas livres para serem o que desejam ser, existirem. Mais livres para ser quem somos, estaremos. 
Cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, preocupados com o bem estar coletivo, geram efeito em cadeia. 


Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Martin Luther King e vários outros que lutaram por nossos direitos já provaram o valor do exemplo.
O
 movimento de cada um deles começou com um e arrebatou milhões 
Porta a porta, boca a boca, pessoa a pessoa. 
Pequenos gestos que atingiram zilhões e ainda atingem, pela simples e magnífica força do exemplo.



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