12 de jun. de 2016

O amor e suas definições

Dia desses comentava com uma amiga sobre meu grande interesse por um filósofo chamado Baruch Spinoza porque a definição de amor que ele fez é a minha preferida.
A definição é a seguinte:

“O amor é uma alegria em particular. Amamos quando nos alegramos e temos consciência da causa de nossa alegria".

Para explicar o por que gosto tanto dessa definição vou listar abaixo as três formas de amor que são comumente citados em filosofia.

Amor Eros (que é o amor de amante)
Amor Phylia ( que é o amor de amigo)
Amor Ágape (que é o amor de mãe, irmão e etc...)

O  ser humano é múltiplo né? E há uma infinidade de personalidades e de variações para as formas de amar também. Justamente porque há tantas personalidades e tantas formas de sentir Eros, Phylia e Ágape que eu prefiro deixá-las de lado na vida pessoal e me basear no amor Spinozano.

Usando a lógica para entender o que Spinoza quis dizer, entendo que  não precisamos de um homem ou uma mulher para chamar de 'nosso', repetir gestos engessados e eternizados pelas indústrias de romances pobres, de vinhos ou de  flores forçadamente desabrochadas em luzes artificiais para sentir amor e ser feliz.
Podemos rejeitar isso tudo e sentir amor pelo que nos trás alegria, sem rótulos e mesmices.

Amamos quando algo ou alguém nos alegra e temos consciência disso. Dito isso, podemos sim amar a pessoa que nos atendeu tão bem no restaurante certa vez  e podemos amar a todos que interrompem um segundo de suas vidas para nos desejar um bom dia nos dirigindo um belo sorriso.Você pode com certeza amar aquela pessoa com quem você sai às vezes ou que nem sai mas que te alegra nas conversas via whatsapp. Você pode amar seu gato. Amar uma música e o quadro pendurado na parede da empresa onde você trabalha que de tão replicado mais parece uma foto e que te torna tão mais humano todas as vezes que olha para ele.
Amar é uma alegria particular. Simples assim.

Sempre e sempre penso que cada instante de nossas vidas é definitivamente único. Muitas pessoas repetem essa mesma frase sem refletir no peso dela e eu digo 'peso' fazendo juízo de valor! 
Cada momento é único pois o que é agora já está deixando de ser nesse exato momento e não voltará ao seu estado inicial. Pense nisso e fazendo isso aproveite sua vida sorrindo e amando o que te alegra particularmente e não o que a sociedade diz que você deve.
Se o que te alegra é um animal de estimação, ler um livro ou ficar na cama curtindo uma maratona de séries no Netflix. Particularmente você tem amor de forma completa e nada te falta. Não sou eu quem está dizendo isso é o Spinoza. 

Quanto aos casais apaixonados, as flores e os chocolates?

Bom! 
Eu deixei de pensar sobre isso antes mesmo de conhecer a definição de amor do Spinoza. Mas você pode pensar e desejar se quiser, claro! Mas enquanto isso comprometa-se a amar o que te alegra independente do que dizem no facebook, no comercial de TV e no banner da chocolateria.  Acredite, para além da forma como seu cérebro lê essas representações. O objetivo deles é unicamente faturar dinheiro com ou sem 'amor'.


Um comentário:

  1. Que sagaz.....Excelente como sempre senhorita das flores.
    Bjokas da Gê.

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