19 de fev. de 2011

Renunciando e cantando.


O quanto em renuncia o ser humano é capaz?
Volta e meia me flagro fazendo essa pergunta a mim mesma.
Me faço a pergunto e no exato momento em que a faço percebo que não sou capaz de respondê-la.
Como se faz isso? 
_Como se calcula a medida de algo que não é táctil?
 Em que momento pensar mais no outro do que em mim, me trará mais benefícios que prejuízos?
Eu sempre vivi mais para mim do que para os outros.
Eu sempre fui à pessoa mais importante do meu mundo.
_Primeiro eu
_ segundo eu
_ E lá pela terceira opção vinham às outras pessoas.
Durante muitos anos esse foi o meu lema e eu não fui MUITO mais feliz, não colecionei MELHORES historias e nem ajuntei MAIORES  tesouros por causa dele.
Nenhum extremo vale a pena, nada que te afaste de quem você realmente é, te fará ser o máximo em nada.
Equilíbrio é a questão.
E é por um pouco mais de equilíbrio que eu tenho tentado mudar de tática nesse guerrear diário que eu chamo de ‘minha vida’.
Qual o ponto exato entre o egoísmo e o desprendimento? 
Esse desprendimento que me faz abrir mão da minha felicidade em prol da felicidade do outro?
De onde vem esse desejo ‘quase’ urgente de ver as pessoas ao meu redor felizes, independente de como eu esteja me sentindo?
 Em que momento eu passei a sentir esse desejo tão novo e tão estranho para mim?
 Acredito que algumas respostas assim como as perguntas importam pouco se o que se questiona é positivo, principalmente se esse ‘positivo’ vem na contramão de costumes cultivados por mim ao longo de quase trinta e seis anos,  que é o meu tempo de vida. 
Importa mesmo é permitir que eles continuem fluindo, como um fenômeno inexplicável  do qual  eu desisti de tentar entender e simplesmente aceito, como uma nova e necessária REALIDADE  em mim.

2 comentários:

  1. Adorei Tata, esse texto é bem bukowiskaniano...rs

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  2. A Re, o Bukowski detestaria esse meu texto. Ele era um pessimista convicto..rs..

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