27 de jun. de 2015

Frida Kahlo

Kahlo-la columna rota-1944


Pintora mexicana que é taxada por muitos de 'feia', 'estranha' e 'manca'.
Ela era muito mais que isso e eu sempre fui muito apaixonada por ela.

Já fui Frida Kahlo no extinto orkut.

Época em que eu era perseguida pelos adoradores machistas de Nietzsche na saudosa 'Nietzsche Brasil'.
Saudades daquela época!
Tempos em que eu devorava os livros do filosofo alemão e me metia nas mais espetaculares discussões da comunidade e que me faziam sentir uma heroína lutando contra todos aqueles machistas que interpretavam Nietzsche de forma misógina e me perseguiam por eu protestar contra.

No máximo da perseguição troquei meu nome no perfil para 'Frida Kahlo' na esperança de despistar meus perseguidores. 
Surtiu pouquíssimo efeito, rápido fui descoberta e os misóginos postaram em plena comunidade 'Tâmara Alves agora é Frida Kahlo'...Morro de rir quando lembro disso.

Nos dias de hoje a 'perseguição' seria passível de denúncia na polícia federal. Mas naquela época o mundo virtual era mais leve e nós eramos apenas gente grande se divertindo no playground pseudo intelectual em que o crtl 'c' e crtl 'v' transformavam qualquer um em gênio. Era muito divertida aquela guerra de erudição fake e no final todo mundo se entendia.


Frida sempre foi exemplo de mulher forte pra mim. Sofreu dores horríveis muitos anos por conta das sequelas de doenças e de um gravíssimo acidente que sofrera ainda adolescente. Mancava de uma das pernas. Pintava quadros pra extravasar sua dor física e emocional. Cada um de seus momentos podem ser identificados em suas telas. A interrupção de sua gravidez e morte do filho tão esperado, a traição do seu amor, a separação, a solidão sempre companheira. Tudo lá, pulsando na tela e perceptível à qualquer leigo dada a força de sua arte.

Frida Kahlo era imensa!
Sobreviveu a cada uma de suas dores e morreu quando chegou a sua hora. Se manteve Firme, forte e irredutível até o fim.
Pintou muitas obras deitada em sua cama ou sentada em uma cadeira de rodas após o agravamento das sequelas do acidente. Perdeu o pé que mancava, depois a perna e ela transformou tudo isso em arte e poesia.
Uma inspiração para todos que encaram suas lutas de frente.

Eu venho tentando dia após dia seguir esse exemplo.
Não vou me reduzir nem me esconder, irrefutavelmente dentro das minhas próprias agonias eu as vencerei, assim como Kahlo, a Frida eterna do meu coração.





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